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quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

O FLUMINENSE ESTÁ VIVO !

Fluminense bate Americano e segue na briga no Carioca


O Fluminense voltou a sonhar no Campeonato Carioca. Com a vitória por 3 a 2 sobre o Americano, em Campos, na noite desta quarta-feira, o time do técnico Abel Braga respirou e retornou à briga por uma vaga nas semifinais da Taça Guanabara, o primeiro turno do Estadual. O time atuou com um a menos em campo desde os 30 minutos da etapa inicial.
Para se manter na disputa pela classificação, a equipe de Abel precisa de uma vitória sobre o Bangu, no sábado. E de um tropeço do rival Vasco diante do Boavista na rodada final.
Nesta quarta, o técnico Abel Braga escalou um time misto. O meia Deco, por exemplo, foi poupado. Fred estava suspenso pela expulsão na derrota para o Vasco, mas Thiago Neves jogou, e bem.
O JOGO - O time, que vinha de altos e baixos no Carioca e na estreia pela Libertadores, dominou a partida. Aos 12 minutos, Wellington Nem, lançado na área, foi derrubado pelo zagueiro Ricardo Braz. Pênalti. Na cobrança, Rafael Moura mandou no canto esquerdo do goleiro e abriu o placar o primeiro. Aos 17, o Americano teve sua primeira chance. Alex cruzou pela esquerda e Tardelly, sozinho e de frente para o gol, conseguiu apenas resvalar na bola, de cabeça.
O meia Thiago Neves, em bela cobrança de falta, acertou o travessão aos 26. Quatro minutos depois, Rafael Moura protegeu a bola, Adalberto tentou tomar e caiu. O árbitro entendeu ter sido uma cotovelada do atacante tricolor, em lance muito contestado pelo Fluminense. Moura foi expulso.
Com um a mais em campo, o Americano chegou ao empate aos 37 minutos. Após cobrança de escanteio, a bola sobrou para Marcos Felipe, livre, que ajeitou na coxa, bateu forte e fez um lindo gol.
No segundo tempo, logo aos 4 minutos, Bruno fez bom cruzamento pela direita. Thiago Neves se antecipou ao zagueiro, cabeceou no canto e marcou o segundo. Aos 23, Jean tocou para Thiago Neves. Ele deixou de frente para o gol Wellington Nem, que não desperdiçou.
O Fluminense seguiu dominando o jogo, mas o Americano conseguiu diminuir. Nos acréscimos, após cruzamento na área, Leandro Euzébio falhou, o que tem sido comum neste início de temporada. Ele desviou de cabeça a bola, que sobrou nos pés de Hugo. Ele bateu forte e marcou, mas era tarde demais para o empate.
FICHA TÉCNICA:
AMERICANO 2 X 3 FLUMINENSE
AMERICANO - Erivelton; Alex (Pedro), Adalberto, Ricardo Braz e Marcos Felipe; Rhayne, Caetano, Marconi (Hugo) e Tardelly (Diego); Pachola e Evandro. Técnico: Luiz Antônio Zaluar.
FLUMINENSE - Diego Cavalieri; Bruno, Leandro Euzébio, Anderson e Carlinhos; Valencia, Jean e Thiago Neves (Souza); Araújo (Lanzini), Wellington Nem (Wagner) e Rafael Moura. Técnico: Abel Braga.
GOLS - Rafael Moura (pênalti), aos 13, e Marcos Felipe, aos 37 do primeiro tempo. Thiago Neves, aos 4, Wellington Nem, aos 23, e Diego, aos 46 minutos do segundo tempo.
CARTÕES AMARELOS - Ricardo Braz, Evandro e Adalberto.
CARTÃO VERMELHO - Rafael Moura.
ÁRBITRO - Rodrigo Nunes de Sá.
RENDA e PÚBLICO - Não disponíveis.
LOCAL - Estádio Godofredo Cruz, em Campos dos Goytacazes (RJ).

GRANDE DESCOBERTA !

Descoberta de lago na Antártida pode ajudar a encontrar vida extraterrestre


 
Lago pode ter a água mais pura do planeta. (Foto: AFP)Moscou, 15 fev (EFE) - A descoberta do lago Vostok, localizado na Antártida e que fica a quatro mil metros sob o gelo, é o primeiro passo para encontrar vida em outros planetas, como Marte, onde as condições são parecidas com as do continente gelado, disse à Agência Efe o chefe da expedição antártica russa.

"Na estação russa de Vostok, a temperatura chega a 89,2 graus negativos, e em Marte é de 90 graus abaixo de zero", afirmou Valery Lukin, subdiretor do Instituto de Pesquisas Árticas e Antárticas (IIAA).

O cientista russo destacou que "os equipamentos usados para perfurar o gelo que cobria o lago e desenhados com esse único fim pelo Instituto de Engenharia de Minas de São Petersburgo foram um sucesso, por isso essa tecnologia poderia ser utilizada agora para explorar outros planetas".
"O lago da vida", como foi batizado pela comunidade científica, e que tem cerca de 300 quilômetros de comprimento, 50 quilômetros de largura e quase mil metros de profundidade em algumas regiões, pode ter a água mais pura do planeta, espécies desconhecidas ou muito antigas".
"Provavelmente é a água mais antiga e pura do planeta. Não temos provas concretas, mas sim informações de que a superfície é estéril, apesar de esperarmos encontrar formas de vida como termófilos e extremófilos (microorganismos que vivem em condições extremas) no fundo do lago", comentou.
Lukin revelou que a expedição russa, cujas perfurações demoraram mais de 20 anos para alcançar a superfície do lago, encontraram "rastros do DNA de termófilos" a 3,6 quilômetros de profundidade, por isso é provável que haja vida nessa massa de água líquida formada há 40 milhões de anos.
"Se não encontrarmos nada, isso também seria uma descoberta. Mas se acharmos algum organismo, poderemos estudar a evolução de espécies que não tiveram nenhum contato durante milhares de anos com a atmosfera terrestre", disse.
O cientista também está convencido de que o Vostok será um "polígono promissor" para estudar as zonas polares de Marte e o satélite de Júpiter, o Europa, que abriga uma camada de gelo e, possivelmente, água.
"E se houver água, significa que também pode haver vida", disse, citado pelas agências russas.
De acordo com Lukin, os resultados da investigação no lago serão fundamentais também para o estudo da mudança climática na Terra durante os próximos séculos, pois o Vostok foi e continua sendo uma espécie de termostato isolado do resto da atmosfera e da superfície da biosfera.
Vários expedicionários russos vão hibernar na estação, mas ninguém tocará o lago até dezembro, quando a expedição será retomada.
"Se tudo correr bem, traremos amostras de água congelada à Rússia em maio de 2012. Aí saberemos se o Vostok é o lar de novos microorganismos, bactérias ou nada", disse.
O chefe da expedição antártica reconhece que alguns cientistas ocidentais se mostraram "céticos" com a descoberta e com o risco de que os russos infectem o lago, saturado de oxigênio com níveis de concentração 50 vezes superiores aos da água doce.
"Há muita disputa. Muitos países queriam ser os primeiros. Usamos equipamentos especiais de perfuração para não danificar o ecossistema do Vostok e respeitamos todos os protocolos internacionais da Antártida", garantiu Lukin.
Para a demonstração, o IIAA informou em seu relatório que 40 litros de água do lago foram bombeados à superfície, porém congelaram no caminho.
Os russos desenharam uma máquina dragadora térmica que utiliza fluido de silicone não contaminante depois que a secretaria do Sistema do Tratado Antártico pôs impedimentos à expedição russa por temer a contaminação do lago com o querosene usado pela perfuradora.
"Nem tudo se faz com dinheiro. Sem conhecimento, entusiasmo e capacidade, é impossível. Tenho certeza de que nem a revista britânica 'Nature' nem a americana 'Science' publicarão nossas conquistas, mas isso não importa", declarou.
Lukin garante que a Rússia é, pela primeira vez, líder mundial em algum campo científico desde que Yuri Gagarin se tornou o primeiro astronauta da história, em abril de 1961.
"É preciso reconhecer que a casualidade jogou a nosso favor. Os soviéticos não sabiam quando abriram a estação em 1957, e que justo debaixo dela havia um lago", confessa.
De qualquer forma, não faltaram elogios aos cientistas russos, que chegaram ao lago às 18h25 (de Brasília) do dia 5 de fevereiro, em particular por parte do primeiro-ministro russo, Vladimir Putin - que foi presenteado com uma amostra de água do Vostok em um frasco de vidro hermeticamente fechado -, e do departamento de Estado americano.
O Vostok tem uma superfície de 15,6 quilômetros quadrados, parecida com a do Baikal, a maior reserva de água doce do mundo, e é o maior lago subterrâneo entre os mais de 100 que se encontram sob o continente.