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sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

JUSTIÇA OBRIGA UNIVERSAL A INDENIZAR PASTOR

Igreja Universal é condenada a pagar R$2,6 milhões a pastor expulso por suposto adultérioPelo regimento interno da igreja, teria de ser instaurado um procedimento para se provar o adultério, o que não ocorreu. O pastor recorreu à Justiça com a queixa de que sofreu danos morais, além de ter o seu casamento desfeito.
No entendimento do juiz substituto Glener Pimenta Stroppa, da 49ª Vara do Trabalho, a ex-mulher do pastor, quando deu depoimento como testemunha, mostrou-se “pressionada a firmar declarações mentirosas em relação à conduta infiel” do marido. Disse que o pastor foi exposto a “uma situação constrangedora e de vergonha” diante de sua família.
Stroppa reconheceu que a sentença extrapola a competência da Justiça do Trabalho porque considera aspectos (como adultério) que não fazem parte de uma relação trabalhista. Lembrou, contudo, que tal abordagem tem o amparo de uma emenda constitucional.
Há pelo menos outros dois pastores demitidos pelo mesmo motivo, ambos de cidades do interior paulista. Em uma das gravações de videoconferência de 2008 da Universal obtidas pela Folha de S.Paulo, o bispo Romualdo Panceiro, o segundo na hierarquia da igreja, aparece dispensando-os sumariamente.
Um dos pastores foi denunciado à igreja pela própria amante, uma “senhora casada”. Como prova do adultério, ela citou uma particularidade dele. Nas gravações, o bispo questionou o pastor diante de seus colegas: “Como ela vai saber que seu saco é raspado?”

MARINA SILVA INOVA




Às vésperas de deixar a vaga de senadora, Marina Silva (PV-AC) está preparando o lançamento de um instituto de ações focadas na preservação ambiental e em formação política. A entidade terá seu nome e seria direcionada inicialmente para o público evangélico. A intenção inicial da parlamentar seria evitar um distanciamento do eleitorado devido ao fim do mandato, de acordo com o jornal “Folha de São Paulo”. Além disso, a ideia é vista como uma espécie de preparação para uma possível candidatura à Presidência da República em 2014.
Aliados e especialistas em política observam que sua pretensão é se mostrar como uma referência mais progressista dentro do setor evangélico na política. Durante a campanha eleitoral de 2010, ela se mostrou opositora ferrenha do aborto e do casamento homossexual, mas defendeu a tolerância e o diálogo. A senadora recebeu fortes críticas de outros líderes evangélicos, como o pastor Silas Malafaia, que consideraram sua postura como contraditória. Marina confirmou a criação do instituto, mas negou intenção eleitoral para 2014.

MARQUINHOS DO TRICOLOR

Nomes confundem jogadores dentro de campo. Meia Marquinho pode ser titular no domingo, contra o Olaria

marquinho fluminense 
Marquinho treina nesta sexta-feira
(Foto: Wallace Teixeira/Photocamera)
Nome igual, confusão armada. Um é lateral-direito, se chama Marcus Vinicius, mas gosta de ser chamado de Marquinhos. O outro joga de apoiador, mas também faz a função pela ala esquerda e tem um “S” a menos que o companheiro. Só que o “S” que separa os dois nem sempre é perceptível no momento de uma chamada do técnico Muricy Ramalho, por exemplo.
- Tem que olhar os dois. Se um não olhar, o Muricy vai xingar o outro. Tem que estar esperto sempre. O Mariano se machucou (contra o Bangu, na quinta-feira), e ele (Muricy) deu o grito. Também fiquei olhando. E ninguém quer tomar puxão de orelha dele – brincou o meia Marquinho, sem o “S”.
Apesar das brincadeiras, o nome que pode ser chamado para entrar como titular contra o Olaria, domingo, no Engenhão, é o do próprio apoiador. Além do rodízio natural prometido por Muricy Ramalho, Souza foi expulso na vitória por 1 a 0 sobre o Bangu, na quinta-feira, e a vaga no meio de campo está aberta.
- Preparado eu estou sempre. Não interessa a hora. Acho que fiquei mais tempo que os outros parado, foram dois meses e pela características de força e chute foi mais difícil na minha reabilitação. Se precisar entrar no lugar (do Souza), posso desempenhar um bom trabalho e sonhar agora que 2011 seja melhor. Essa alternância de jogar ou não pode me ajudar a conquistar um lugar no time – lembrou o jogador, que sofreu uma fratura no antebraço direito na reta final do Brasileiro de 2010.
Para garantir seu lugar entre os 11, porém, ele conta com o bom relacionamento, além do futebol apresentado em campo.
- Não é um espaço que gostaria, o que estou agora. Procuro sempre estar no time titular, mas a oportunidade tem todos os dias. Não é só dentro de campo que define tudo. Acho que bom relacionamento com as pessoas também ajuda. São inúmeros fatores.

A ESPERANÇA DE UM FUTURO MELHOR É O FUTEBOL

Se recuperando na casa da avó, Pedro de Andrade teve a perna quebrada pelo próprio pai, na tentativa de salvá-lo de ser soterrado na casa em que moravam, no Morro do Espanhol, em Teresópolis, na Região Serrana do Rio. Agora, o menino, de 15 anos, espera ficar bom para realizar seu maior sonho: ser jogador de futebol. “Vou ser melhor do que o Ronaldinho Gaúcho”, avisa ele, que, ano passado, recebeu um convite de um olheiro para jogar numa escolinha de futebol. Mesmo sabendo do sonho, seu pai, Magno Jesus de Andrade, não abriu mão de sacrificar a perna do filho, ao ouvir que ele estava preso.
“A perna dele ficou presa mesmo. A minha sogra se juntou a mim, puxamos, fizemos força e tivemos que quebrar a perna para tirar. Ele falou: ‘pai, vai embora. Salva todo mundo e me deixa aqui’. Eu falei que não, ele podia ficar sem perna, você não joga mais bola, mas ninguém vai ficar aqui. Depois de uns cinco minutos conseguimos tirar ele”, lembra Magno.
Pedro, que fraturou a tíbia, está sem dormir há 10 dias. “Só veio imagens tristes na cabeça. Pensei que ia morrer e, por isso, falei para meu pai ir embora. A dor de quebrar a perna foi o de menos”, diz o adolescente.
Pai relembra momento do deslizamento
A casa em que eles viviam foi condenada pela Defesa Civil. Magno vivia no local há mais de 20 anos com a mulher e os três filhos. “A pessoa tem que vir e olhar o que aconteceu para acreditar. Foi uma coisa muito difícil. Desespero total. Mora aqui há 37 anos e nunca vi isso. Nunca mais vou esquecer. Passei o terror, consegui salvar meus filhos e minha mulher e perdi amigos”, conta ele.
Segundo Magno, foi a mulher dele que, preocupada com os deslizamentos próximos à casa da família, reuniu todos no primeiro andar da casa. “Ela começou a fazer um escarcéu, depois que caiu uma barreira do lado, e começou todo mundo a correr. Ninguém sabia para onde ir porque estava tudo escuro, um breu. Saímos correndo”, lembra.

CASA MÓVEL


A casa se deslocou da esquerda para a direita e parou ao bater em outra residência. 
Casa se deslocou da esquerda para direita e parou ao bater em outra residência. (Foto: Bernardo Tabak/G1)
Uma situação insólita ocorreu em uma localidade conhecida como Buraco do Sapo, no distrito de Itaipava, em Petrópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro. Em meio a muita devastação, com construções completamente destruídas, uma casa inteira foi deslocada por cerca de oito metros pela força da enxurrada que varreu o Vale do Cuiabá, onde fica a localidade. A tragédia que assolou a Região Serrana do Rio de Janeiro, na madrugada de 12 de janeiro,provocou mais de setenta mortes e deixou mais de 25 mil desabrigados e desalojados.
A casa que "andou" ficou grudada na outra. 
A casa que "andou" ficou grudada na outra.
(Foto: Bernardo Tabak/G1)
A casa, de dois andares, foi arrancada da fundação e arrastada até se chocar com outra residência. A cena surpreende porque a casa quase não sofreu danos, apesar de o primeiro andar ter sido invadido por água e lama. “A casa andou inteirinha. A minha prima mora no andar de cima e meu tio, no de baixo”, contou o estudante José Mário dos Santos, de 16 anos, que vive em uma casa ao lado.
“A água subiu muito rápido. Em cerca de 20 minutos tomou conta de tudo”, contou o programador de bordados José Renato Ribeiro dos Reis, de 42 anos, um outro tio de José Mário. “Quem mora no Buraco do Sapo, no Vale do Cuiabá, está acostumado a cheias de um metro. Mas, dessa vez, o rio subiu uns quatro metros. Quase invadiu o segundo andar da minha casa. Mais um pouco e a minha família tinha morrido”, recordou Reis.
O presidente do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura do Rio de Janeiro (Crea-RJ), Agostinho Guerreiro, disse que só é possível entender o que aconteceu fazendo uma análise no local. “Normalmente, a enxurrada é uma mistura de água com lama e outras coisas. Essa água é mais pesada e ganha muita velocidade ao descer o rio”, explica Guerreiro.
“Nessas regiões, é muito comum construir casas com uma estrutura muito mais forte do que a média. Uma hipótese é a casa ter funcionado como uma estrutura única, muito resistente. Quando veio a enxurrada, a casa cedeu na parte mais frágil, que nesse caso era a fundação. A parte superior andou, e a fundação ficou”, esclarece.
Guerreiro considera remota a possibilidade de trazer a casa de volta ao lugar original. “É uma operação muito complexa, com pouca probabilidade de sucesso. E o custo seria maior do que demolir a casa e construir outra”, explicou Guerreiro. “Fazer uma nova fundação onde a casa parou é uma possibilidade menos remota, mas ainda assim muito cara. A solução tradicional é aproveitar o que for possível, como portas e janelas, e construir outra casa”, complementou.
Moradores querem sair para lugar melhor
Muitas casas e carros foram destruídos no Buraco do Sapo. De acordo com moradores, uma pessoa morreu no local, e outros dois corpos, de pessoas que viviam em outros pontos do Vale do Cuiabá, foram trazidos pelo rio. Além disso, também foram recolhidos dois cavalos e uma vaca mortos. “Eu ainda não consigo responder se vou sair daqui. Estamos muito abalados e a ficha cai aos poucos. Mas não adianta ser arrancado daqui pela prefeitura para morar em um lugar que dê um nó ainda maior na minha vida”, disse Reis.
Já a operadora de máquina Sandra Silva de Paula, de 45 anos, nascida e criada no Buraco do Sapo, quer sair do lugar assim que puder. “Não quero mais ficar na minha casa. Além do rio, também tem um morro que pode desabar”, contou ela. “Se me derem alguma coisa, algum dinheiro pelo que sobrou da minha casa, eu vou tentar começar minha vida de novo”, complementou.