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sexta-feira, 27 de agosto de 2010

INCLUSÃO DIGITAL !

Banda larga do governo a preços populares estará disponível para todos os consumidores

Daniela Amorim
RIO - Os planos econômicos de internet rápida estarão disponíveis a todos os habitantes das cidades contempladas pelo Plano Nacional de Banda Larga (PNBL). Embora a intenção do governo federal seja levar o serviço às classes C, D e E, os provedores responsáveis pela distribuição do serviço devem atender a todos os interessados, independentemente da faixa de renda.
Os primeiros 14 milhões de brasileiros beneficiados pelo serviço de internet banda larga a preços populares devem começar a ser atendidos até o fim do ano.
- Seria ilegal restringir o acesso à banda larga a uma determinada faixa da população. Todos terão o mesmo direito ao serviço - disse José Luiz Aquino, assessor do Gabinete de Inclusão Digital da Presidência da República.
O governo federal anunciou nesta quinta-feira as 100 primeiras cidades beneficiadas  por conexão a internet com velocidade de 512Kb/s, a uma mensalidade fixa de, no máximo, R$ 35. Também estão previstos planos de R$ 10 a R$ 15, com acesso restrito, para usuários nem tão frequentes. Mas, segundo as empresas, a velocidade prevista ainda é baixa, portanto não deve causar impacto nos planos de banda larga fornecidos hoje por grandes operadoras.
" Não queremos fazer concorrência com as grandes operadoras. Quem tem dinheiro para pagar não vai querer a velocidade que vamos oferecer "

Segundo Aquino, o governo não tem interesse em interferir no mercado que existe hoje de banda larga. O foco é levar internet a quem não tem acesso ao serviço.
- Nosso programa foi feito com o objetivo de levar a banda larga para as classes C, D e E. Não queremos entrar onde já tem competição ou onde há pessoas que possam pagar pela banda larga. Hoje, há 1700 pequenos provedores e empresas prestadoras de serviço de internet no Brasil. Elas atendem a uma pequena cidade, ou a um condomínio. O que faremos é levar a conexão a um ponto da cidade e fazer um contrato com esses pequenos provedores para que eles distribuam. Estamos incentivando essas empresas que já prestam esse serviço - explicou Aquino.
A Telebrás deve cobrar o fornecimento de banda larga para as operadoras de acordo com a situação de cada cidade e o porte das empresas que atuam na região. O preço alvo seria R$ 230 por 1Mb, que pode ser vendido a, no máximo, R$ 35 mensais de cada usuário.
- Normalmente, ele vende isso para dez usuários, então arrecadaria R$ 350. Mas tem empresa que consegue vender para 20 a 30 pessoas - calcula o assessor.
Banda larga do PNBL é mais lenta que a disponível em pacotes de grandes operadoras Segundo Aquino, a desvantagem do Plano Nacional é a velocidade da internet ofertada, que não faria frente aos planos já oferecidos pelo mercado.
- A população que paga R$ 100 por um pacote de banda larga com muito mais velocidade não vai querer trocar pelo nosso, de 512Kb/s. Nosso foco são os que não têm acesso nenhum. Não queremos fazer concorrência com as grandes operadoras, levar a quem já tem internet e pode pagar caro. A Net, por exemplo, oferece pacotes de 3Mb/s, 5Mb/s e 10Mb/s. Quem tem dinheiro para pagar não vai querer a velocidade que vamos oferecer - disse.
" Na prática, banda larga tem que ter no mínimo 1Mb/s. O nosso não é banda larga "

O consultor Virgilio Freire, ex-presidente da Vésper e da Lucent, concorda que o PNBL não ameaça as grandes operadoras.
- De imediato não causa nenhum impacto. Quem já tem banda larga não vai querer trocar de jeito nenhum por esse plano. Na prática, banda larga tem que ter no mínimo 1Mb/s. Para ter uma idéia, o plano nacional de banda larga da Austrália é de 10Mb/s a 100Mb/s. O nosso não é banda larga - afirmou Virgilio.
O analista também não acredita em melhora do serviço ou queda nos preços dos pacotes.
- O preço só vai baixar quando houver concorrência real. Com essa pouca estrutura, não vai acontecer. As grandes operadoras não têm interesse em entrar em lugares pobres. Elas querem vender para os ricos - prevê Virgilio Freire, para quem a Anatel não tem condições nem dinheiro para fiscalizar o serviço prestado hoje.
- A banda larga mais veloz é operada por grandes empresas e de forma péssima. Em cada região, há monopólio de alguma companhia. Recentemente temos visto apagões de internet. A Anatel não fiscaliza.
Segundo o ex-presidente da Vésper, há risco de que, em algumas cidades contempladas pelo PNBL, não haja nenhum provedor interessado em fazer a distribuição do serviço e os cidadãos continuem sem acesso a banda larga.
- Se o governo também distribuir a banda larga, o Plano pode dar certo. Mas se deixar para a iniciativa privada 100% da distribuição, a conexão não vai chegar a todo mundo - alertou Virgilio.

Fonte: extra online

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