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quinta-feira, 14 de junho de 2012

CALENDÁRIO DE AULAS PREJUDICADO.

Greve dos professores das universidades federais complica calendário de aulas
Paralisação que atinge 55 instituições completará um mês no próximo domingo (17)
Agência Brasil

unb-hgValter Campanato/ABr
A estudante de relações internacionais, Raphaella Pinheiro, tem cinco dos seis professores em greve
A greve dos professores das universidades federais completará um mês no próximo domingo (17). A paralisação, que conta com a adesão de 55 instituições, afeta a rotina dos estudantes que aguardam as negociações entre a categoria e o governo federal para que o semestre letivo possa ser retomado e concluído. Na UnB (Universidade de Brasília), além dos professores, os técnicos administrativos também cruzaram os braços, inviabilizando a maior parte das atividades acadêmicas.

Aluna do primeiro semestre de economia, Hayanne Ferreira acha que a greve é legítima, mas que a decisão dos docentes foi precipitada. Das cinco disciplinas que cursa neste semestre, apenas uma não foi interrompida. Com isso, ela prevê que vai ficar sem férias quando a greve terminar porque os professores que aderiram ao movimento terão que repor as aulas perdidas.

— Vai ter prova fora de hora, suspenderam o calendário e vai ser preciso repor aula. Tem professor que não vai repor.
A principal reivindicação dos docentes é a revisão do plano de carreira. Em acordo firmado no ano passado, o governo prometeu um reajuste de 4%, a incorporação de parte das gratificações e a revisão do plano para 2013. Os dois primeiros pontos já foram atendidos, mas não houve avanço na revisão da carreira. Uma nova rodada de negociações está marcada para a próxima terça-feira (19).

Na UnB, a decisão de paralisar as atividades é de cada professor, por isso os alunos se sentem “perdidos” em relação à greve. Cinco dos seis professores da aluna de relações internacionais, Raphaella Pinheiro, 19 anos, aderiram a greve, ela conta que, desta forma, fica difícil se organizar.

— Tanto as férias do meio do ano quanto as do fim do ano, ninguém sabe como vão ficar porque não sabemos quando começará o próximo semestre. A maioria das matérias parou completamente. Tem professor que está passando exercício pela internet para a gente resolver, tem outros que vão encurtar o semestre na volta e a gente vai fazer a prova mais rápido. Outros vão considerar a matéria como dada, porque quando a greve começou 75% das aulas já tinham ocorrido. Outros vão repor tudo. Cada um vai fazer do jeito que quiser.

Apesar das críticas, parte dos alunos apoia a paralisação. Em assembleia no dia 24 de maio, que contou com a presença de cerca de 600 pessoas, foi aprovada a greve estudantil, em apoio ao movimento inciado pelos professores. Uma sessão que reuniu os 46 centros acadêmicos da UnB no dia 29 manteve a decisão em uma votação apertada: 22 votos a favor da greve estudantil, 20 contra e duas abstenções.
Com a paralisação dos servidores, que começou na última segunda-feira (11), além das aulas, alguns serviços que são prestados à comunidade também ficaram interrompidos. A biblioteca da UnB, que é frequentada também por quem não é aluno da instituição, está de portas fechadas. É o caso de Guilherme Macedo, de 36 anos. Ele estuda administração em outra instituição, mas frequenta a UnB pela proximidade de sua casa.

— Sempre venho aqui para estudar, o espaço é bom. Mas agora fiquei meio sem opção.

Não só os alunos são afetados pela paralisação. A queda no movimento preocupa também quem trabalha na universidade. Edilma Queiroz, dona da banca de jornais que funciona no ICC (Instituto Central de Ciências) conta que nesta semana o movimento já caiu 90% em relação ao fluxo normal.

— O impacto é total porque a gente tem que pagar todos os impostos, o aluguel, todos os encargos que a UnB também não abre mão, independentemente da greve. E a gente não sabe quando essa greve vai acabar.

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