Rio - Casas montadas a partir de kits modulados com janelas, paredes e telhados feitos só de material reciclado. O projeto será apresentado na semana que vem, na Rio+20, para as favelas Chapéu Mangueira e Babilônia, no Leme. A proposta de reforma sustentável de comunidades cariocas foi criada pelo governo italiano.
Imagem mostra como ficariam os prédios e residências do Chapéu Mangueira | Foto: Divulgação
 
O ‘Programa de Restauração da Favela do Leme’, entregue pelo Ministério do Meio Ambiente da Itália em abril ao secretário municipal de Urbanismo do Rio, Sérgio Dias, prevê que os moradores montem suas próprias casas. Para isso, teriam orientação de técnicos e engenheiros que desenvolveram o projeto.
A ideia virou livro que será lançado quarta-feira que vem, dia 20, no Pavilhão da Itália, no Parque dos Atletas, Barra da Tijuca. Entre as melhorias previstas, estão ainda escadas rolantes, estudos de solo, tecnologia com Internet wi-fi e a construção de quadras de esporte e áreas sociais. Entrar, locomover-se, morar relacionar-se e viver de forma sustentável são os cinco pilares do projeto. A ideia é que os moradores executem e façam a manutenção do programa.
Também ontem, em debate sobre favelas pacificadas no auditório do Pavilhão do Governo do Estado, no Parque dos Atletas, os secretários estaduais do Ambiente, Carlos Minc, e de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, afirmaram que querem dar ao mundo uma outra imagem das comunidades cariocas.
Minc citou o Programa Fábrica Verde, em que jovens do Alemão e Rocinha são capacitados para montar e fazer manutenção de computadores, e a Eco Moda, que ensina alunos a confeccionar acessórios de moda a partir de material reciclável. “A pacificação foi uma revolução. A responsabilidade agora é da área social”, disse Minc. Beltrame fez coro: “Sustentabilidade está em dar dignidade aos moradores dessas áreas", disse.