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segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

EM BUSCA DE QUEM ME OUÇA

Segundo a Bíblia Sagrada, foi dito pela própria Boca de Deus: " Não é bom que o homem viva só".
Isto, desde a muito demonstra, que o homem não foi criado com estrutura para suportar a solidão, e o isolamento. Há, dentro do homem, a necessidade de se relacionar, de comunicar-se com o seu próximo.       Assim também percebe-se o porque de tal comportamento, visto pois que, foi ele mesmo dotado de inteligência, e sua percepção a respeito de tudo que o cerca, faz com que ele tenda a externar seus pensamentos, transmitindo a outros, o seu "modus pensante", ou seja, o seu entendimento particular a respeito de tudo.
Isto, ocorre com todos nós, independentemente da nossa cor, raça, idade, posição social, ou condição financeira. Temos, sem exceção a necessidade de nos fazer ouvir.
O grande problema, surge, quando estamos inseridos em um ambiente mais evoluído. O mundo de hoje, onde a competitividade reina, todos buscam alguém que lhes possa ouvir, concedendo-lhe a atenção devida, e ao mesmo tempo lhe emprestando a voz.
Sabe-se bem que todos buscam, mas poucos encontrarão esta oportunidade, todos batem , mas para poucos se abrirá as portas.
A sociedade de oportunidades, tem na verdade se revelado como uma grande utopia, já que não há espaço para todos.
Vem este texto e comentário derivar, de um fato real, onde grande amigo, de nome Flávio, escritor, roteirista já com alguns prêmios no exterior, confessar-me sua luta e frustração, no que tange a conseguir apresentar seu trabalho no cenário nacional.
Vê-se que os que hoje dominam este mercado de trabalho, o detém com unhas e dentes, descartando qualquer concorrência, como se somente eles estivessem capacitados para tal, um verdadeiro comportamento egoísta e egocêntrico.
Não compartilham nada com ninguém, nem abrem espaço e oportunidades para que outros possam também expor suas criações.
O tema supracitado, reflete uma necessidade de se ter alguém que nos ouça e nos permita externar aquilo que carregamos dentro do peito.
Nós brasileiros, somos por origem, um povo criativo e de fácil adaptação. Capazes de nos adequarmos  a qualquer situação. Isto posto, muitos são os que, como meu amigo Flávio, tem chegado à muitas criações e projetos, que se materializados proporcionariam grande edificação a quem os visse e ouvisse , mas infelizmente, seguem engessados, postos de lado, enquanto apenas poucos se regalam com a "farta mesa".
Lembro-me também de outro grande amigo, o professor Edivaldo Lopes de Araújo, que em nosso trabalho junto a COPE (Coordenação de Projetos Especiais da UniverCidade), dizia: " Ninguém é tão pobre que não possa ajudar, ou que não tenha nada para compartilhar, ou, quando assim o for, ainda pode ouvir alguém. " Com esse lema, atuávamos em projetos sociais com a prestação de Assistência Jurídica Comunitária gratuita, em muitas comunidades carentes, levando a oportunidade de dignidade e cidadania.
Tudo parte do entendimento, de que quem ouve compreende o seu próximo, e que o ouvir , vem antes do ser ouvido.

Graça e Paz.

José Paulo Nercelhas Júnior. 

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