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quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

MULHER OCUPA CARGO IMPORTANTE NA POLÍCIA CIVIL DO RIO DE JANEIRO.

Marta Rocha é a nova chefe de Polícia Civil

A delegada Marta Rocha durante a ocupação do Complexo do Alemão, em novembro | Foto: AG O DIA

Delegada é escolhida para substituir Allan Turnowski, que deixou o cargo nesta terça-feira
Em meio à crise na área de segurança, o delegado Allan Turnowski entregou nesta terça-feira o cargo de chefe de Polícia Civil, que ocupou por quase dois anos, após reunião com o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame. Segundo nota emitida pela secretaria, os dois concluíram que a saída de Turnowski era a medida mais adequada para preservar o bom funcionamento das instituições. No início da noite desta terça-feira, a delegada Martha Rocha foi anunciada como nova chefe da Polícia Civil. É a primeira mulher a ocupar o posto.
Turnowski não resistiu à crise deflagrada na instituição semana passada, depois que a Polícia Federal prendeu mais de 30 policiais acusados de vários crimes na Operação Guilhotina. Entre os presos estava o delegado Carlos Oliveira, que chegou a ocupar a subchefia operacional da Polícia Civil e era homem de confiança do agora ex-chefe da instituição. Turnowski chegou a ser chamado para prestar depoimento na sede da PF.
Na segunda-feira, a crise se acentuou com a devassa realizada por ordem de Turnowski na Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco-IE), comandada pelo delegado Cláudio Ferraz, que colaborou com a PF na Operação Guilhotina.
Turnowski disse ter recebido denúncias de irregularidades cometidas por Ferraz e seus subordinados, que teriam extorquido empresários supostamente envolvidos em fraudes em licitações. Foram achados dois procedimentos idênticos assinados por Ferraz, que deverá responder na Corregedoria Interna (Coinpol). A atitude de Turnowski foi encarada como retaliação ao delegado.
Nova ‘xerifona' atuou no combate às milícias
A nova chefe de Polícia Civil entrou na corporação em 1983. Com quase 30 anos de polícia, Martha Rocha ocupava atualmente o cargo de diretora da Divisão de Polícia de Atendimento à Mulher (DPAM), órgão responsável pelas Delegacias de Atendimento à Mulher.
A delegada foi subchefe da Polícia Civil em 1999 e passou por várias delegacias, entre elas a 28ª DP (Campinho), onde atuou no combate às milícias, e a 15ª DP (Gávea), em que ficou responsável pelo inquérito sobre o sequestro do ônibus 174, em junho de 2000.
A delegada atuou ainda na 18ª DP (Praça da Bandeira), 20ª DP (Vila Isabel), e 37ª DP (Ilha do Governador). A nova chefe de Polícia Civil também coordenou a 14ª DP (Leblon) e foi responsável pela implantação da Delegacia Especial de Atendimento ao Turista (Deat). Martha Rocha já foi presidente do Cedim (Conselho Estadual dos Direitos da Mulher).
Governador agradece
O governador Sérgio Cabral evitou falar sobre a crise na Polícia Civil. Num evento em São Paulo, ele agradeceu ao delegado Allan Turnowski. "Quero agradecer publicamente ao Turnowski, assim como agradeci ao delegado Gilberto Ribeiro (antecessor). Acho que ele (José Mariano Beltrame, secretário da Segurança) fez muito bem em ressaltar os serviços prestados por Turnowski". O governador disse ainda que Beltrame fica no cargo "até o último dia do governo".
‘Nunca me vi como chefe'
Para Martha Rocha, sua nomeação é um "desafio". "Vai exigir de mim o que tenho de maior: o amor à Polícia Civil, a dedicação à coisa pública, a honrabilidade do meu cargo e a certeza de que podemos construir sociedade justa e solidária".
A delegada disse também que já pensou em alguns nomes para compor sua equipe, todos policiais. "Não tenho a equipe montada porque nunca me vi como chefe da Polícia Civil".

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