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domingo, 13 de março de 2011

CAPIVARAS ABATIDAS PARA EVITAR CONTAMINAÇÃO.

Reprodução de imagem EPTV Afiliada TV Globo


SÃO PAULO - As 20 capivaras que estavam confinadas no Lago do Café, em Campinas, foram abatidas na noite deste sábado, em uma operação que envolveu técnicos da Vigilância Sanitária e de setores da Prefeitura de Campinas. Os animais foram mortos por hospedar o carrapato-estrela, transmissor da febre maculosa.
Entre 2006 e 2088, três funcionários da prefeitura que trabalhavam no Lago do Café morreram vítimas de febre maculosa. O parque, uma das principais áreas de lazer de Campinas, foi interditado por causa da infestação do carrapato-estrela. Nos últimos dois anos, foram registradas sete mortes por febre maculosa na cidade.
Segundo o secretário de Saúde de Campinas, Francisco Kerr Saraiva, o abate das capivaras já havia sido autorizado pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e seguiu as normas técnicas determinadas pelo órgão. Os animais receberam um sedativo, antes da aplicação de uma injeção letal, que provoca parada cardíaca. Depois do abate, as capivaras receberam um carrapaticida e foram levadas para o aterro sanitário.
Saraiva informou que o Lago do Café, um dos principais parques públicos de Campinas, vai passar por limpeza das áreas de terra e de mata, para combater o carrapato-estrela, que pode permanecer até um ano no local. A previsão, segundo o secretário, é que o parque seja reaberto em 2012.
A eliminação das capivaras virou motivo de polêmica entre a prefeitura e um grupo de ambientalistas da cidade, que tentou na Justiça impedir o abate, mas não conseguiu.
Especialistas defenderam o abate dos animais. Um dos maiores especialistas em carrapatos do país, o professor da Universidade de São Paulo (USP) Marcelo Bahia La Bruna, disse que o abate seria a melhor opção.
Em anos de estudos, ele reuniu informações curiosas sobre o carrapato. Entre elas a dificuldade de locomoção. Segundo La Bruna, eles andam no máximo dez metros, e que por isso, após a eliminação das capivaras, eles não conseguirão sair do Lago do Café. O professor sugere que, depois da medida adotada pela prefeitura, o local fique fechado por pelo menos dois anos, já que o carrapato pode viver durante um ano sem se alimentar.
Ainda segundo o especialista, um único carrapato pode colocar até cinco mil ovos e, uma vez infectado com a bactéria da febre maculosa, ele pode transmitir a doença por gerações. O ciclo de contágio pode durar 15 anos, de acordo com Marcelo Bahia La Bruna.
A febre maculosa tem tratamento, desde que seja diagnosticada precocemente. Os sintomas são comuns aos de muitas doenças, como febre e dor de cabeça. Campinas registrou 12 casos em 2010, com quatro mortes. Em 2009, foram 15 casos com registro de 5 mortes.

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