A
CAMISA DA ALEGRIA
Era
uma vez um rei que, apesar de ser muito rico, era triste, pois não conseguia
aumentar o seu tesouro.
Ele
estava sempre de mal humor e isto causava enormes problemas a todos, pois seus
decretos, rudes e injustos, massacravam o povo com exigências descabidas.
Por
fim, o rei acabou entrando em depressão. Seus médicos lhe disseram que a
única cura para a sua doença era a alegria. O monarca, então, ofereceu um
excelente prêmio a quem pudesse lhe trazer a alegria de volta.
Muitos
tentaram, mas ninguém conseguiu arrancar um só sorriso da cara do rei. Nada
conseguia alegrá-lo. Nem os músicos, nem o bobo da corte, nem as
dançarinas, nem os lançadores de enigmas, nem os mímicos, nem os
encantadores.
Os amigos do rei resolveram consultar um grande sábio que vivia ali. Ele lhes disse que se o rei vestisse a camisa do homem mais feliz daquele reino, a alegria voltaria ao seu coração.
Os amigos do rei resolveram consultar um grande sábio que vivia ali. Ele lhes disse que se o rei vestisse a camisa do homem mais feliz daquele reino, a alegria voltaria ao seu coração.
Iniciou-se,
então, uma intensa investigação, para se descobrir quem era o homem mais
feliz de todos.
Para surpresa dos investigadores, o homem mais feliz daquele reino morava longe do luxuoso palácio do rei, num casebre muito simples. Ele, sua mulher e seus filhos trabalhavam de sol a sol no cabo da enxada para conseguir se manter, mas, sempre unidos, passavam o dia rindo e cantando.
Para surpresa dos investigadores, o homem mais feliz daquele reino morava longe do luxuoso palácio do rei, num casebre muito simples. Ele, sua mulher e seus filhos trabalhavam de sol a sol no cabo da enxada para conseguir se manter, mas, sempre unidos, passavam o dia rindo e cantando.
Os
investigadores contaram-lhe o problema que os havia trazido ali e pediram-lhe
que ele lhes desse uma de suas camisas, para que a alegria pudesse voltar ao
coração do rei. Só então compreenderam porque aquele homem trabalhava na
lavoura de peito nú, ele não tinha nenhuma camisa.
Um
dos investigadores, espantado, perguntou-lhes como conseguiam ser tão felizes
tendo tão pouco, ao contrário do rei, que tinha tanto, mas era infeliz: -
Somos felizes porque o reino de Deus está em nossos corações,
respondeu-lhe o homem.
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