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Fluminense, com patrocinador novo, vive expectativa de ano mais enxuto
Fim da parceria com a Unimed faz clube apostar em jovens para reduzir folha salarial

Vínculo encerrado, mas com contratos a cumprir com alguns jogadores. A maioria deles de peso. Fred, Conca, Henrique, Walter, Jean, Wagner e Cícero. Todos eles recebem direitos de imagem da Unimed. São valores que representam de 50% a 80% de seus vencimentos. Apesar de ter se retirado, a cooperativa de médicos se compromete a pagar normalmente. Mas a situação não é tão simples. É de interesse da empresa que esses atletas deixem o Tricolor. Desta forma, ela estaria livre da obrigação de arcar com os altos valores.
A saída da parceira faz o clube trabalhar com um orçamento mais apertado. Apesar de já ter um novo patrocinador, a Viton 44, empresa do ramo de bebidas, o ano de 2015 será de seca. A intenção do vice de futebol Mário Bittencourt é manter jogadores importantes, como Fred e Conca, apostar em jovens criados na base e reforçar o grupo com algumas apostas. Nomes de peso estão descartados. Mário passa a ter Fernando Simone como seu braço direito. Ex-gerente da base, agora ele é o diretor executivo de futebol.
Com a saída já confirmada de jogadores como Carlinhos, Diguinho, Valencia, Bruno e Rafael Sobis, a folha salarial vai diminuir. Atualmente, é de R$ 2,8 milhões. Sem a parceria, será mais difícil cumprir as obrigações para quitar as dívidas do passado, estimadas em R$ 400 milhões: o clube paga por mês R$ 1 milhão no Ato Trabalhista, R$ 1 milhão no Refis e R$ 450 mil na Timemania. A partir de janeiro, porém, a parcela do Refis cai para R$ 250 mil. A entrada no programa de recuperação fiscal, que permite o parcelamento de dívidas com a União, fez o Flu voltar a receber receitas penhoradas, como a verba de transmissão de televisão, no fim de outubro.
Não há verba de TV antecipada, e a direção vive a expectativa de começar 2015, cuja previsão de receitas é de R$ 200 milhões, com déficit zero na temporada anterior. O último balanço de 2014 aponta um prejuízo de R$ 175 mil.
Porém, existe a necessidade de negociar dívidas com atletas. Em direito de imagem não pago a Fred, por exemplo, o valor é de pelo menos R$ 4 milhões. O clube também tem valores a pagar para pelo menos outros cinco jogadores: Jean, Diguinho, Conca, Cícero e Walter. O somatório da dívida com eles é de pelo menos R$ 700 mil. Estes valores não entram no cálculo de déficit, afinal, estão no passivo do clube.
Assim como o futuro do futebol tricolor, o CT prometido é incerto. Injetar dinheiro no projeto está totalmente fora de questão. A obra volta a depender de um acordo com o governo do estado do Rio de Janeiro, algo sem previsão e que coloca em risco a ideia de inauguração antes dos Jogos Olímpicos de 2016. Uma coisa, pelo menos por enquanto, é certa. O nome de batismo não mudará.
Fonte : Globo Esporte.
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