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segunda-feira, 16 de agosto de 2010

A VERDADE AFLORA

WikiLeaks confirma que irá divulgar mais 15.000 arquivos do Afeganistão

Julian Assange, fundador do WikiLeaks Julian Assange, o fundador do site de denúncias (Getty)
“Se eles publicarem quaisquer informações adicionais após ouvirem nossa preocupação sobre o mal que isso pode causar, será o cúmulo da irresponsabilidade”, diz Geoff Morrell, secretário assistente da Defesa para assuntos públicos
Vinte dias após o vazamento de mais de 90.000 documentos secretos sobre a guerra do Afeganistão, o fundador do site de denúncias WikiLeaks afirmou que mantém os planos de divulgar outros 15.000 arquivos sigilosos. “Nós estamos na metade do caminho. Esse é um processo muito caro”, declarou Julian Assange, em entrevista à rede de notícias CNN.
O Pentágono já havia feito um apelo, na semana passada, pedindo que o material não publicado fosse entregue ao governo americano. Nesta quinta, com o anúncio do WikiLeaks confirmando a intenção de promover um novo vazamento de informações, os Estados Unidos voltaram a solicitar que todo o conteúdo seja eliminado.
Geoff Morrell, secretário assistente da Defesa para assuntos públicos, salientou que divulgar esses documentos "seria cometer um erro que já colocou muitas vidas em risco”. “Se eles publicarem quaisquer informações adicionais após ouvirem nossa preocupação sobre o mal que isso pode causar às nossas tropas, aliados e afegãos inocentes, isso será o cúmulo da irresponsabilidade”, enfatizou.
Obama – O WikiLeaks afirma ter tentado entrar em contato com o governo de Barack Obama por meio do jornal The New York Times para pedir orientação sobre o uso do material. Uma reportagem recente teria, inclusive, indicado que o Pentágono foi procurado diretamente pelo site. Geoff Morrell, porém, nega as informações. “O WikiLeaks não fez tal pedido diretamente ao Departamento de Defesa.”
Nesta quinta-feira, jornalistas da ONG Repórteres Sem Fronteira escreveram a Julian Assange chamando-o de irresponsável pela publicação dos documentos sobre a guerra no Afeganistão. Na carta, eles dizem que “revelar a identidade de centenas de pessoas que colaboraram com a coalizão no Afeganistão é de extrema periculosidade. Não seria difícil para o talibã e outros grupos armados usar esses documentos para fazer uma lista de pessoas alvo e se vingar matando-os”.
A primeira leva de documentos vazados no dia 25 de julho - cerca de 92.000 relatórios de janeiro de 2004 a dezembro de 2009 - mostram em detalhes por que, depois de os Estados Unidos terem gasto quase 300 bilhões de dólares na guerra no Afeganistão, o talibã está mais forte do que em qualquer momento desde 2001.
(Com agência France-Presse)

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